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miércoles, 19 de noviembre de 2014

Violim calado

Poderia sujeitar tua cintura e te beijar,
Sem tormentas,
Sem lagrimas.
A linha do tempo é um violim calado;
Já não posso ser esse passageiro que palpita
num amor desordenado.
Voltar a este último reduto e sentir tua cútis inassesivel;
Recorrer o teu peito de vidro;
Me queimar no teu fogo maiúsculo;
E agora que uma lágrima molha minha última máscara;
Como correr vacilante e perdido?
Poderia sujeitar tua cintura e te beijar,
Sem feridas,
Sem silêncios
Visitar essa imensa espera, sem relógio, todos os dias;
Segues sendo ausência, metal e ossos.
O tempo é uma rua, uma distancia paralela
e já não posso ser tempestade nem oceano dormido;
Continuas luz eterna desde teu último raio de sol,
Para mim continuas florida;
Já não estou só,
Tenho ausências....



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