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lunes, 26 de enero de 2015

licor envenenado.

Não há relojes, nem grandes nem pequenos pois desdenhei do tempo
que esta de viajem
Sentado aqui estou órfão de sensações;
Lentamente agredimos nossa intimidade, semanas e semanas
falamos sobre o nunca e fomos bons amigos, particularmente
bons amigos
Em ocasiões nos permitimos sem nenhum pretexto dar-nos algumas
explicações;
Mais as vezes faltava algo mais;
Uma última jogada,
Um sonho repetido,
Sair da lista de espera,
Acreditar em coincidências,
Nossa existência limitada foi uma lenta disputa contra algo trivial
e com frequência esse trauma aprazível nos fazia ver a verdade.
As vezes nos faltava algo mais,
Um sopro, um alento,
A saliva e o abraço,
Um licor envenenado, e teu sorriso disfarçado,
Tudo e tarde quando nunca aconteceu...

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