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miércoles, 29 de abril de 2015

Inadvertido

Sera que algum dia vou conseguir nutrir o amor e passar pelas portas do tempo?
Não posso oferecer gota a gota essas lágrimas que chorei escondido, é impossível
respirar enquanto as palavras falam dentro de mim;
O coração pode mais que nós mesmos,mais talvez ainda arda em meus silêncios;
Sou uma metáfora perfeita, de uma realidade sub entendida, e morri milhares de vezes
mais ainda vivo dentro de mim,
E agora volto e visito a cada ano essa realidade que tanto preciso, tentando fugir de algum destino
convencido de mim mesmo e dos meus riscos;
Mais afinal decidi sobreviver, de cada dia nascer de novo florescendo comigo, inadvertido,
Me perdi no limite do mundo,mais quando fecho os olhos e ouço meus passos vejo e sinto
de alguma forma que vinhas andando, entre aromas que amo, entre o barro e minha infância
entre alturas invencíveis e afagos de ternura.
Sera que algum dia vou conseguir nutrir o amor e passar pelas portas do tempo?

viernes, 24 de abril de 2015

Rápido jasmim

A vida é dura e mesmo assim queres andar comigo;
Saberemos começar algo novo?
Esse jeito que me amas,
Essas mãos que não saciam,
Esse beijo que não descansa,
Tenho medo do fogo,
E da larga curva do teu corpo
Não sabes o que levo em mim,
E nem se poderei acalmar-te
Relâmpago e espuma,
Rápido jasmim de um aroma inexplicável
Saberemos começar algo novo?

jueves, 23 de abril de 2015

Pátria fuzilada

Não me complica, tua memoria e melhor que a minha
A derrota ensina, mais a vitoria e o que bebem os sedentos
que não querem cair no olvido.
Maldita pátria fuzilada, flor que perpetua em velhos jardins
Que coisa incrível esse manantial amargo de vozes fatigadas
Algo mudou de alguma forma, já não há moinhos nem passado
nem janelas para esse outono repentino,não podemos esperar
essa ansiedade a conta gotas;
Nem enigmas,
Nem fantasmas,
Nem o receio impessoal, que ainda nos devora...



miércoles, 15 de abril de 2015

Vampiros.

Não podemos perdoar sem antes perdoar-nos;
A frustração nos persegue mais acaba no vinho;
E sempre tentamos encontrar a fênix, mais nos
perseguem os eufemismos.
Teremos que resgatar a auto-critica sem auto flagelar-nos
Teremos que aprender se merecemos a derrota ou deixamos
o futuro nos queimar,
Reservaremos para o inimigo até a ultima gota de ódio a longo
prazo,e quando a ferida queimar escavaremos tão fundo novamente
que acharemos o rancor junto com a verdade.
Não podemos perdoar sem antes perdoar-nos;
Teremos todas a noites e todas as fobias,por isso o mundo
é um espelho que não nos reflete,e os sonhos e as melancolias
são como blindagens que nos envolvem até o alento, mais
também nos atrapam em calabouços inexpugnáveis que nem a confiança
e nem novas dores abrirão... 


viernes, 10 de abril de 2015

Geografia interior.

Agora eu vejo que calávamos quando nossas pequenas vidas 
viviam á sombra de uma chispa indelével ,como ilusão;
E nunca mais contamos nuvens,nem discordamos pois não 
havia vozes, nem palavras, nem silêncios;
Assim fomos feridos e crucificados,frutificando a ferida
nesse ódio morto,
Tudo passou quando nada parecia passar, 
E o amor, e o ódio foram parar a onde??
Por dentre minhas lágrimas pude ver que ainda sou ambíguo
em meus temores...

miércoles, 8 de abril de 2015

Bebo o mundo

A  solução nunca foi imediata, e a derrota ninguém esquece;
O suspiro e a voz perguntando o caminho e aquele desamparo
tão conhecido,
O evidente se caracteriza com a falta de aviso,é aquela
metáfora, sucessiva, exacerbada, querendo aprisionar-nos.
Dirás que o sonho vem de longe e chega num instante prodigioso
mais o trágico fulgor dos teus pecados foram esses lábios ardentes
e envenenados;
Entre a saúde a enfermidade e a inocência perdemos esperanças e sossegos
e da profundeza dos meus obscuros naufrágios consigo ver sonhador a longínqua
transparência, de alcançar a quimera ilusão do impossível...